Taverna do Toderoso Dude #5 – Introdução: Eragon e o Ciclo a Herança

7 de maio de 2015

Salve Dudes! Aqui estamos nós, mais uma vez. Na coluna de hoje, iremos introduzir a história do Ciclo “A Herança”, a série de livros que a galera de fora chama de Eragon, devido ao nome do primeiro título, e também do personagem principal. Mas espera… Eragon?… Eragon… Você não tá falando daquela merda de filme horrível, escroto, caralhoso, tá? Né possível, Matheus! A coluna de hoje vai parecer uma conversa com o Raphael, de tanta crítica! Em primeiro lugar, caros Dudes, fora algum comentário zoeiro, é provável que eu não fale muito do filme em si, pelo menos nessa primeira parte. Porém, acredito que seja benéfico falar sobre aquela coisa que chamaram de adaptação, para ver se consigo convencer o público a dar uma segunda chance para a série… Mostrar o que poderia ter sido feito de melhor forma (Tudo!) e tudo o mais… Em segundo lugar, qual é?! Eu não conseguiria alcançar o Raphael em Criticologia (sim, inventei essa palavra para denominar a arte dele) nem mesmo se ele fosse mudo! Sem mais delongas, vamos ao que interessa…

Em uma terra chamada Alagaësia, vivia a raça dos anões, bravos guerreiros, excelentes ferreiros e amantes de pedras e jóias preciosas. Existiam também os dragões, que é claro, são os grandes lagartos voadores que cospem fogo e são capazes de realizar feitos extraordinários por meio da magia (embora nesse universo eles não sejam capazes de controlá-la ao seu bel prazer). De tempos em tempos, ocorria alguma rixa aqui e ali, já que os dragões, por vezes, atacavam os rebanhos dos anões, porém, nada muito sério.

De uma outra terra, cujo nome é desconhecido, vieram os elfos. Os seres altos e belos, amantes da beleza e da natureza. Atrás deles, vieram Urgals, seres humanóides com chifres, cuja cultura era voltada para a batalha (eles não eram aqueles caras extremamente feios e sujos do filme). Depois de certo tempo de convivência não tão amigável, estourou uma guerra entre a raça élfica e os dragões. A guerra se arrastou, gerando pesadas baixas para ambos os lados, até que um dia, um jovem elfo chamado Eragon encontrou um ovo de dragão. O ovo eclodiu, e dois indivíduos das raças inimigas tiveram o primeiro contato amigável, provando que as duas raças podiam muito bem coexistir. Foi feito, então, um pacto de sangue com os dragões, que daria aos elfos as habilidades mágicas, além da longevidade, e que, para garantir a paz e evitar conflitos futuros, criaria a Ordem dos Cavaleiros de Dragões. Daí para frente, alguns ovos de dragão seriam cedidos aos elfos, todos os anos, e cada filhote sairia do ovo ao encontrar um cavaleiro que considerasse digno (sim, eles eram capazes de sentir o mundo ao redor, mesmo de dentro dos ovos…), e ambos seriam marcados pelo encontro, se tornando parceiros de mente e alma, sendo capazes de compartilhar emoções e pensamentos entre si. Foi criada também, uma língua que possibilitasse o uso da magia, funcionando da seguinte forma: cada palavra nessa língua significava o nome verdadeiro de certa coisa. Por exemplo, o nome verdadeiro do fogo é Brisingr (se pronuncia Bríssinguer), ao utilizar o nome verdadeiro, o elemento era convocado e direcionado pelo pensamento a realizar a vontade do mágico, com um custo de energia equivalente para cada tarefa sendo retirado de seu corpo. O idioma, que viria a ser batizado como “Língua Antiga”, também não permitia que mentiras fossem ditas. Com o tempo, os mágicos e cavaleiros foram aperfeiçoando a arte de usar a magia, e sob a vigia atenta da Ordem, houve um período de paz e prosperidade na Alagaësia.

Com a chegada dos homens, também de uma terra desconhecida, vieram os temíveis Ra’zac, que eram nada mais nada menos que predadores naturais para a raça humana, sendo criaturas malignas que durante a infância e a puberdade adquiriam carapaças, comparáveis ás de besouros (não eram aquelas múmias escrotas feitas de vermes da adaptação maldita…), se comunicavam por meio de estalidos, apesar de serem capazes de falar outras línguas, e eram fortes em todas as áreas em que a humanidade fraqueja (enxergar no escuro, ter maior força e velocidade, entre outras coisas…), mas incapazes de praticar a magia. Com boas relações com os elfos, os homens foram incluídos no pacto, vindo a fazer parte da Ordem dos Cavaleiros, que cuidou para que os Ra’zac fossem quase que completamente extintos do continente.

Muitos anos depois, um jovem cavaleiro humano chamado Galbatorix teve seu dragão morto por urgals. Enlouquecido pela perda, ele foi até os mestres da Ordem e pediu um novo dragão, se tornando extremamente revoltado quando seu pedido foi negado.  Utilizando-se de meios obscuros para assassinar um cavaleiro e roubar um filhote de dragão, o louco Galbatorix reuniu em torno de si treze cavaleiros, cada um com grande sede de poder. Estes viriam a ser chamados de “Os treze renegados”, e com eles, se rebelou contra a Ordem, acabando por erradicá-la quase que completamente, assim como a raça dos dragões, com exceção de alguns ovos. Os anões se voltaram para suas montanhas e cavernas, os elfos, para a grande floresta ao norte do continente, os urgals, para as suas aldeias escondidas, enquanto que os humanos eram submetidos á força pelos Renegados. Começava então uma era de trevas, em que o louco Galbatorix viria a governar a Alagaësia como um tirano.

Como uma última réstia de esperança, surgiram os rebeldes, chamados de Varden, para se opor ao domínio de Galbatorix. Depois de diversos conflitos, eles conseguiram roubar um dos ovos de dragão que o rei tinha em seu poder,  o que melhoraria significativamente as suas chances de sucesso. Numa tentativa de fazer com que o dragão escolhesse um cavaleiro, era feito um rodízio: o ovo seria levado para os Varden, e com eles ficaria por alguns anos. Caso o filhote não escolhesse alguém, o ovo era então, levado para a floresta dos elfos, onde ficaria por mais alguns anos. Bastante tempo se passou, e numa dessas travessias, o grupo encarregado de carregar o ovo foi emboscado e capturado. Como um último ato desesperado de resistência, a elfa Arya (eu não sei o que ela era na adaptação, só sei que não era uma elfa…) se utiliza da magia para mandar o ovo para bem longe, numa cadeia de montanhas na extremidade Oeste da Alagaësia, chamada de “Espinha”. Arya é, então, levada para a cidade de Gil’ Ead, onde seria torturada para que contasse para onde teria enviado o ovo…

Enquanto isso, um jovem fazendeiro chamado Eragon (sim, ele foi batizado em homenagem ao outro Eragon, lá de cima) se embrenhava na floresta da Espinha, em busca de caça. É claro que não poderia ser de outro jeito, e o ovo de dragão é então, encontrado. Curioso, achando que talvez se tratasse de uma pedra preciosa, o rapaz carrega o ovo para casa. Certa noite, a “pedra” começa a rachar, e dela sai um filhote de dragão azul. Ao tocar a pequena criatura, Eragon sela o destino de ambos, transformando-os em dragão e cavaleiro, e agora compartilhando um elo para toda a vida…

Bom, galera, eu acho que cumprimos nosso objetivo principal aqui hoje: introduzimos a história, e contamos um pouco do background… Me perdoem por algum possível erro, escrevi isso tudo de memória. É claro que a coluna de hoje foi só um começo, e que algum dia voltaremos para a Alagaësia para analisar de fato, a história. Os livros, principalmente, e aquele filme horroroso, do qual iremos rir. De qualquer forma, gostaria de dizer que é um honra estar escrevendo essa coluna toda semana, e que espero que estejam gostando do meu trabalho… Por hoje é isso, por favor, esperem pela continuação. Abração do Dude, e viva o Dudepower!!